sábado, 18 de outubro de 2008

Outras manifestações a favor do diploma

A coordenadora de Jornalismo da Escola de Comunicação da UFRJ, Ana Paula Goulart, declara-se a favor do diploma e da regulamentação. Para ela, a obrigatoriedade do reconhecimento oficial da profissão deve vir acompanhada pelo aperfeiçoamento da legislação e do ensino do jornalismo:

– É importante que haja formação específica, mas a formação não deve ser voltada exclusivamente ao ensino da técnica de escrita, porque isso é aprendido na prática, portanto, pode ser feito por qualquer profissional. A formação deve englobar também, junto com o aprendizado técnico, as reflexões sobre o que vai ser o exercício da profissão, principalmente porque o jornalismo exerce um papel muito importante na sociedade.


Jornalista e também professor da ECO, Paulo César Castro, defende integralmente a exigência do diploma, afirmando que aqueles que se posicionam contra procuram reduzir o jornalista a um operador técnico de suportes midiáticos ou manejador de uma linguagem especializada. De acordo com ele, a questão da liberdade para se expressar na mídia não está relacionada à regulamentação da profissão do jornalista, e sim, a fatores externos a sua atuação:

– Não é verdade que o diploma tira da sociedade a possibilidade de participar dos meios de comunicação ou que a liberdade de expressão seja cerceada. Tal argumento esconde que, na verdade, as restrições se dão principalmente por conta do modelo de distribuição de emissoras de televisão e de rádio, concessões do Estado, e que gera verdadeiros monopólios nas mãos de grandes corporações ou de políticos. É essa situação que tem de ser combatida.

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